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Mulheres nos negócios: desafios para a equidade no mercado de trabalho.


É preciso reconhecer a realidade e os direitos das mulheres no cotidiano e cultura das organizações.



Mesmo com o crescimento da participação da mulher no mercado de trabalho, as vagas destinadas a elas são ainda restritas e desvalorizadas. A luta por igualdade profissional não se limita apenas ao salário, mas também à possibilidade de ocupar cargos de gestão, ter confiança, voz ativa e não precisar provar o seu valor a todo momento dentro da empresa.


Ainda hoje, muitas funções e cargos são definidos pelo gênero, não por falta de capacidade, mas por falta de oportunidade. Mulheres são colocadas em cargos mais operacionais e de menor poder de decisão, e homens em funções de liderança.


O estudo Women In Work Index 2022, realizado pela PwC, analisa que haverá mais empregos em 2030, em 15 dos 20 setores das economias da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), principalmente em serviços públicos, construção e manufatura, mas 31% da força de trabalho empregada será masculina, enquanto apenas 11% feminina.


Embora haja diversos movimentos feministas e políticas públicas para as mulheres, o caminho para o alcance da equidade é longo. Ainda segundo o PwC, as mulheres levarão 33 anos para ter a mesma participação no mercado de trabalho que os homens têm hoje, e serão necessários cerca de 63 anos para que a remuneração possa se tornar igualitária.


Diferentemente da igualdade, que pressupõe que todos sejam tratados da mesma forma, a equidade traz um processo de desconstrução social, não apenas para assegurar direitos iguais, mas gerando uma transformação na cultura da sociedade para a promoção de um tratamento justo entre homens e mulheres, de acordo com as suas necessidades e considerando as diferenças individuais.


A equidade, assim como outras questões ligadas à diversidade, deve ser vistas como parte da empresa. É preciso reconhecer os direitos e a realidade feminina e ser imbuído no cotidiano e cultura da organização.


Além disso, realizado pela consultoria McKinsey, o estudo Diversity Matters 2020, comprovou que organizações que prezam pela equidade em suas equipes, tem 14% mais chances de superar a performance dos concorrentes, e 93% maior probabilidade de obter um desempenho financeiro superior quando os funcionários percebem essa maior equalização entre as oportunidades.


Mais do que uma obrigação, um ambiente de trabalho diversificado que promove acolhimento, aceitação, respeito e melhores oportunidades para todos, abre espaço para o desenvolvimento de habilidades, produtividade e reconhecimento.


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Aline Lima é Relações Públicas; Pós-graduanda em Gestão Estratégica de Projetos e Metodologias Ágeis; Coordenadora na Agência CRIATIVOS / Instagram - @alinelim.a

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